O ponto de partida foi o reconhecimento dos elementos arquitetônicos do projeto original, que se mostraram ainda interessantes e resistentes aos naturais modismos e tendências daquele momento, e que, portanto, deveriam ser mantidos.

A fachada do restaurante, localizado em uma rua tranquila e de baixo fluxo, ganhou uma grande vitrine que permite uma maior permeabilidade entre o espaço interno e a rua. Na área até então reservada exclusivamente ao salão principal, um grande balcão executado em granito rústico, com as imperfeições características do material bruto, se estende por 9 metros e percorre todo o lounge de espera. O jardim posterior abriga agora uma área de permanência, com revestimento em concreto branco, duas cascatas, bancos de madeira maciça, além de mobiliário solto que compõe o ambiente. O paisagismo completa a decoração, utilizando vasos suspensos e atirantados.

As mesas com tampo de silestone e pés de concreto branco, os generosos pendentes esféricos de vime e a estante metálica decorada com cerâmicas japonesas foram desenhados especialmente para essa renovação e ocupam a área de seating. O projeto tem paleta neutra. As peças, a luz e os revestimentos do mobiliário trazem momentos de cor para a arquitetura.