Com 145 pavilhões espalhados pela Expo, outra questão de extrema importância era despertar a curiosidade e atrair os visitantes. Para isso, optamos por deixar a primeira parte do terreno livre, funcionando quase como uma praça. Ali, a enorme rede flexível que marca o espaço remete a um relevo frágil, convidando as pessoas a caminharem através de uma nova topografia. Metáfora da cadeia produtiva do século 21, interligada entre pequenos, médios e grandes produtores, sua concepção nasce da reflexão acerca da distribuição que poderia acontecer no país inteiro, buscando estimular a troca entre conhecimentos específicos. Simultaneamente, a rede ainda se transforma em uma área de permanência, sombreando a praça para se tornar um ponto de encontro entre todas as nações.

Abaixo, distribuídas sinuosamente em um percurso inspirado pelos meandros do Rio Amazonas, caixas de madeira apresentam espécies relacionadas ao agronegócio brasileiro, enquanto mesas interativas trazem informações sobre assuntos como nutrição e agricultura familiar.

Ao lado dessa área, sob um grande átrio que garante a iluminação natural, se encontram os espaços expositivos e funcionais do programa, onde designers e artistas nacionais exibem suas peças para sublinhar a diversidade da criação brasileira.

O sistema de montagem utiliza elementos modulares pré-fabricados, e foi pensado para proporcionar o máximo de eficiência e sustentabilidade a todo o pavilhão, somando-se aos mecanismos de reaproveitamento de água e ao emprego de materiais certificados e recicláveis.